Wednesday, May 30, 2007

Nova Iorque quer taxis «híbridos»

O presidente da Câmara Municipal de Nova Iorque, Michael Blommberg, anunciou hoje que, até Novembro de 2012, todos os táxis terão de ser veículos híbridos, uma medida que equivale a retirar das ruas 32 mil automóveis particulares, escreve a Lusa.
Ao anunciar a decisão, Bloomberg comentou: «Obviamente que há mutíssimos táxis nas ruas de Nova Iorque e, por isso, a medida fará de facto diferença. Esses carros às vezes estão parados no trânsito, expelindo fumos. Porque os táxis têm uma utilização tão grande, os novos padrões serão equivalentes a remover 32 mil automóveis particulares das nossas ruas».
Dos 13 mil táxis que actualmente circulam em Nova Iorque, apenas 375 são veículos híbridos. A maioria são os grandes Ford Crown Victoria, que embora espaçosos não conseguem fazer médias de consumo inferiores a 19 litros aos 100 quilómetros.
Segundo Bloomberg, os veículos da frota híbrida terão consumos da ordem dos 7,8 litros por 100 quilómetros.
O autarca prevê que, em 2008, haverã já em circulação mil táxis híbridos.
Como a comissão reguladora dos táxis obriga à «aposentação» ao fim de três anos de serviço dos veículos com motor a gasolina, essa rotação torna o plano do presidente do Município mais fácil de cumprir.
Por outro lado, a redução do custo de operação de um veículo híbrido é muito inferior à dos táxis convencionais: como um motorista gasta em gasolina cerca de cem dólares por dia, a poupança anual com um veículo híbrido será de cerca de dez mil dólares.
O plano enquadra-se noutro mais vasto apresentado anteriormente por Bloomberg a mais de 250 presidentes de câmaras e outras autoridades municipais, destinado a reduzir os congestionamentos de trânsito e a poluição atmosférica.



Portugal tem de investir 6,4 mil milhões em renováveis até 2010

Portugal vai ter que investir 6,4 mil milhões de euros em produção de energia através de fontes renováveis até 2010, o equivalente a 4% do Produto Interno Bruto (PIB), se quiser cumprir as metas previstas no Livro Branco.
Esta é pelo menos a conclusão de um estudo da Espírito Santo Research (ESR) sobre as energias renováveis em Portugal e Espanha apresentado esta tarde em conferência de imprensa.
Refira-se que o Livro Branco «Energia para o futuro: fontes de energia e renováveis» impõe que 39% do total de electricidade consumida do país, nesse mesmo ano, seja produzida através de renováveis.
Já Espanha, por seu lado, terá que injectar 19,2 milhões de euros para conseguir cumprir as suas metas.
A visão é também partilhada pelo presidente da Associação Portuguesa das Energias Renováveis (APREN), António Sá da Costa, que na mesma conferência, organizada pelo BES e pelo «Expresso», afirmou: «Para se atingir estes objectivos, é necessário investir entre 1995 e 2012 cerca de 6 mil milhões de euros, o que equivale a 10 vezes os 10 estádios do Euro 2004».


NUCLEAR COMEÇA A SER VISTO COMO AMIGO DO AMBIENTE

Dado que a actual dependência energética do petróleo e carvão é de 80% a nível mundial e que as reservas se estão a esgotar rapidamente, a aposta passa pelas energias renováveis. Desde a energia eólica à hidráulica, passando pela nuclear, os especialistas discutem alternativas amigas do ambiente que permitam reverter o actual efeito de estufa. A energia eólica é a que reúne mais consenso, dadas as suas potencialidades em Portugal. A criação de parques eólicos poderia diminuir a dependência de 83,6% que Portugal tem em relação aos combustíveis fósseis. Mas, como referiu Manuel Sousa, especialista em Geoquímica, nem tudo é perfeito. “A indústria do alumínio que produz as pás das ventoinhas usadas na energia eólica é das mais poluentes que existem.” Daí que a energia nuclear, com muitos apoiantes e ainda mais críticos, esteja cada vez mais a ser considerada a alternativa viável. Para o especialista em geoquímica, esta discussão é inevitável, dado que a segurança e desenvolvimento dessa energia tem dado largos passos. Com as reservas de petróleo a acabarem em menos de um século e com a necessidade crescente de energia, Manuel Sousa refere que “daqui a 50 anos vamos precisar de toda a energia que conseguirmos obter. E o nuclear é a única solução”.